25 de março de 2014

A CIDADE E SUAS ÁREAS VERDES




Parque Rio Gavião


Parque Rio Gavião

Parque Rio Gavião


A CIDADE E SUAS ÁREAS VERDES


Agora, no final de março, comemoraremos a Semana da Árvore. Tempo para meditarmos mais sobre a importância da arborização nas cidades e, por consequência, sobre as áreas verdes urbanas. Infelizmente, somente, agora, a sociedade desperta para a necessidade  das cidades manterem as áreas verdes existentes (praças, parques e cidades), como também, consolidarem outras novas  nos loteamentos que materializam a expansão urbana.

Estes espaços públicos contribuem para o combate ao aquecimento global quando as árvores absorvem o gás carbônico liberando oxigênio e favorecendo a limpeza do ar. As árvores são essenciais para a espécie humana na busca da qualidade da nossa saúde respiratória/ cardiovascular e do nosso estilo de vida.  Não esqueçamos o estímulo que essas praças e parques oferecem para o favorecimento do convívio social da  sociedade.

Resumindo: toda cidade de qualidade terá que respeitar o meio ambiente. Para tanto as gestões municipais contam com o amparo de leis nos âmbitos federal, estadual e, principalmente, municipal. Por exemplo, a Constituição Brasileira no seu Art. 225 reza: “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”.
No âmbito dos municípios temos o Plano Diretor e outras legislações urbanísticas que devem cobrar do próprio poder local e da sociedade o seu cumprimento. Missão cívica que deverá ser corroborada pelo Ministério Público.

A cidade de Maranguape, infelizmente, não é referência de bons exemplos nessa prática. Mergulhando um pouco “no túnel do tempo” temos muitos exemplos lamentáveis de intervenções urbanísticas que deixaram um legado negativo na nossa urbe. Vejamos alguns: 1. a Praça em frente ao antigo Paço Municipal, fruto inclusive da orientação do urbanista  Adolfo Herbster que marcou presença aqui no século XIX, foi substituída por um Hospital, e hoje, por um futuro shopping, 2. a Praça Joaquim Sombra,  parte do espaço cedida aos Correios e 3. a Praça do Centenário de Maranguape, em frente ao Solar do Sombra, eliminada e onde foi construída a antiga Estação Rodoviária.

Mais recentemente, tivemos deletada (pra usar um termo mais moderno) as áreas verdes de dois grandes loteamentos da cidade: o “Novo Maranguape” e o “Novo Parque Iracema”, irresponsavelmente por agentes políticos locais quando foram ocupadas por  loteamentos que deveriam ter sido implantados noutros locais. E, muitas outras áreas, que foram doadas por gestores, num populismo explícito.

Claro! É muito fácil um gestor municipal cooptar alguns setores da sociedade para optarem por uma atitude que atenda em primeiro lugar a si, do que escolher uma ação legítima e mais necessária para a sociedade como um todo. A cidade não pertence somente aos vivos de agora. É missão da administração pública e da sociedade local planejá-la urbanisticamente e cientificamente falando e, o mais importante, cumprir essas diretrizes qualificadoras do espaço urbano.

Que esta Semana da Árvore leve nossas cidadãs/cidadãos e o poder local a refletir sobre o que é realmente fazer o BEM para nossa querida cidade de Maranguape!



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