Parque Rio Gavião
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A CIDADE E SUAS ÁREAS
VERDES
Agora, no
final de março, comemoraremos a Semana da Árvore. Tempo para meditarmos mais sobre
a importância da arborização nas cidades e, por consequência, sobre as áreas
verdes urbanas. Infelizmente, somente, agora, a sociedade desperta para a
necessidade das cidades
manterem as áreas verdes existentes (praças, parques e cidades), como também,
consolidarem outras novas nos
loteamentos que materializam a expansão urbana.
Estes espaços
públicos contribuem para o combate ao aquecimento global quando as árvores
absorvem o gás carbônico
liberando oxigênio e favorecendo
a limpeza do ar. As árvores são essenciais para a espécie humana na busca da
qualidade da nossa saúde respiratória/ cardiovascular e do nosso estilo de
vida. Não esqueçamos o estímulo que essas praças e parques oferecem para
o favorecimento do convívio social da sociedade.
Resumindo:
toda cidade de qualidade terá que respeitar o meio ambiente. Para tanto as
gestões municipais contam com o amparo de leis nos âmbitos federal, estadual e,
principalmente, municipal. Por exemplo, a Constituição Brasileira no seu Art.
225 reza: “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”.
No âmbito dos municípios temos o Plano
Diretor e outras legislações urbanísticas que devem cobrar do próprio poder
local e da sociedade o seu cumprimento. Missão cívica que deverá ser
corroborada pelo Ministério Público.
A cidade de Maranguape, infelizmente, não
é referência de bons exemplos nessa prática. Mergulhando um pouco “no túnel do
tempo” temos muitos exemplos lamentáveis de intervenções urbanísticas que
deixaram um legado negativo na nossa urbe. Vejamos alguns: 1. a Praça em frente
ao antigo Paço Municipal, fruto inclusive da orientação do urbanista
Adolfo Herbster que marcou presença aqui no século XIX, foi substituída
por um Hospital, e hoje, por um futuro shopping, 2. a Praça Joaquim Sombra,
parte do espaço cedida aos Correios e 3. a Praça do Centenário de
Maranguape, em frente ao Solar do Sombra, eliminada e onde foi construída a
antiga Estação Rodoviária.
Mais recentemente, tivemos deletada (pra
usar um termo mais moderno) as áreas verdes de dois grandes loteamentos da
cidade: o “Novo Maranguape” e o “Novo Parque Iracema”, irresponsavelmente por
agentes políticos locais quando foram ocupadas por loteamentos que
deveriam ter sido implantados noutros locais. E, muitas outras áreas, que foram
doadas por gestores, num populismo explícito.
Claro! É muito fácil um gestor municipal
cooptar alguns setores da sociedade para optarem por uma atitude que atenda em
primeiro lugar a si, do que escolher uma ação legítima e mais necessária para a
sociedade como um todo. A cidade não pertence somente aos vivos de agora. É
missão da administração pública e da sociedade local planejá-la urbanisticamente
e cientificamente falando e, o mais importante, cumprir essas diretrizes
qualificadoras do espaço urbano.
Que esta Semana da Árvore leve nossas
cidadãs/cidadãos e o poder local a refletir sobre o que é realmente fazer o BEM
para nossa querida cidade de Maranguape!
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