23 de outubro de 2012

“A HUMANIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS PELA ARTE”




O homem desde as cavernas progressivamente cria novas tecnologias. Passo a passo ele acumula conhecimentos que geram constantemente novas tecnologias.

Há inventos, e mais inventos. Há uma progressiva construção tecnológica sempre buscando o futuro.
Diana afirma: “A arte no século XXI: a humanização das tecnologias coloca uma questão atual: a produção artística sintonizada com os avanços tecnológicos, revelando os aspectos humanos das tecnologias. estas reflexões tem a arte como ponto de convergência e são pensados os efeitos das tecnologias na vida contemporânea, determinando traços da cultura deste final de século”.

Não há como separar a tecnologia da arte. As primeiras expressões da arte, nas cavernas, certamente o homem usou a química para definir o uso das tintas.

Hoje principalmente com a revolução digital o mundo se transformou em um grande organismo vivo com o surgimento das redes sociais. As conquistas da eletrônica e da informática promoveram uma grande revolução nas relações humanas.  Consolidam-se, cada vez mais, as relações das ciências humanas, das ciências exatas e das ciências da vida. A arte caracteriza-se pela mutabilidade e pela efemeridade. Ela é acima de tudo interativa e busca a participação coletiva. O artista tem que ter uma cosmovisão, uma visão ampla do mundo contemporâneo.

Não existe mais somente o cérebro humano. A tecnologia criou o cérebro digital. O artista não é mais sozinho o autor de suas obras, a máquina lhe é incorporada e promove a socialização de sua criação. Surgiram os netmuseus, as netgalerias e as netmagazines proporcionando  as comunidades virtuais.

A arte ganha o conceito de “obra aberta”, de todos e não é mais proprietária da elite, ela se dissemina nas massas ocupando espaços antes inexistentes. Agora não é somente participação, é também interação. A ciência robótica cria o homem virtual que em muitas ações substitui o homem em sua atuação onde se somam a engenharia mecânica e elétrica, a inteligência artificial, a engenharia eletrônica e a física. O homem usa a capacidade das máquinas para mudar seu pensamento.

Surge, também, a cibernética que controla a comunicação e as máquinas. Surge uma mentalidade consequência da era digital com instrumentos extensivos da capacidade do corpo humano.

A arte é modificada com esta “simbiose do tecnológico/artificial/natural interfaceado ao físico/real e virtual/digital”.
“As tecnologias  ampliaram o campo de percepção por novas formas de existir antes não permitidas por um corpo somente biológico”.

Cada vez mais as máquinas transformam as mentalidades e os pensamentos do homem: “o sangue tem o mesmo valor que a corrente elétrica”.
Na contra mão existem aqueles que veem um grande perigo nesta dependência do homem com a máquina, e, portanto condenam esta realidade. Acham que o homem está reinventando uma nova vida.

Em minha opinião não há como separarmos a arte da ciência. As novas tecnologias estão criando um mundo totalmente diferenciado, mudando seus conceitos e valores e fazendo surgir uma sociedade abertas a novos conceitos e comportamentos.
Um exemplo mais claro é a redução drástica das distâncias encurtando caminhos, eliminando fronteiras e massificando culturas.

A arte não tem como fugir desta realidade. Um exemplo mais contundente está na arquitetura onde é visível as transformações com o surgimento de novas tecnologias  e materiais de construção.
Resta-nos aceitar as novas tecnologias e fazer da arte um grande instrumento transformador para alcançarmos uma sociedade justa, igualitária e sustentável.