9 de janeiro de 2012

MOBILIDADE URBANA NAS NOSSAS CIDADES



MOBILIDADE URBANA NAS NOSSAS CIDADES

Hoje, no Brasil, diante das turbulências internacionais a situação das contas públicas é de equilíbrio precário. O governo brasileiro, na política econômica, decidiu implantar um modelo de crescimento baseado no consumo o que é insustentável a médio prazo. A realidade incontestável é que o processo de existência das nossas cidades sofre uma influência direta do sistema econômico vigente no mundo capitalista. O governo tem tomado medidas de incentivo ao consumo de bens e, principalmente, a compra de veículos individuais. É bastante visível no nosso cotidiano o apelo para que o cidadão compre, ou mesmo renove o seu “carro do ano”. Eu próprio suportei este apelo em somente um dia de três propostas de compras. A primeira através de um telefonema do Banco do Brasil que me ofereceu vantagens para um financiamento.

A segunda foi quando visualizei num semáforo - o sinal estava vermelho - uma faixa estendida por dois rapazes que incentivava, devido ao preço baixo, a aquisição de carros chineses em valores bastante reduzidos e, a última proposta, foi em anúncios persuasivos na minha leitura diária dos jornais.

Esta ocorrência corrobora a visão mecanicista dos nossos governantes que enxergam os problemas do país de forma fragmentada. Não há a consciência de que o consumo exagerado de veículos individuais está transformando, ou mesmo até inviabilizando, a mobilidade das pessoas no seu cotidiano. Atualmente é evidente nas cidades brasileiras, principalmente nas maiores, a desordem urbana provocada pelos engarrafamentos do trânsito. As cidades não são mais dos pedestres e tornaram-se reféns desta política econômica que exige a construção de grandes obras viárias a altos custos.

Em contra partida, o transporte público ofertado não se harmoniza com a grande demanda de deslocamentos dos cidadãos e das mercadorias: são deficientes e de pouca qualidade.

Necessário se faz inverter a lógica da política econômica governamental transformando-a em indutora de um desenvolvimento sustentável das nossas cidades. O que se dará investindo-se no transporte público, e assim, poderemos salvar as nossas cidades do caos que já se avizinha.

3 de janeiro de 2012

O EXEMPLO DE CIDADANIA DE DONA HELENA

Nosso presidente nacional do Partido Verde, José Luiz Penna , em muitos pronunciamentos que faz pelo Brasil afora, quando analisa a atuação do nosso partido, sempre afirma o fato da sociedade civil cobrar do PV soluções de muitas agressões à natureza. Aqui no Ceará, não raro, recebemos denúncias de ações depredadoras que acontecem com muita frequência em nossas cidades. As pessoas enxergam no Partido Verde a instituição responsável para resolver os vários problemas ambientais.

Recordamos de uma denúncia de aterramento em um trecho próximo ao Rio Cocó. Imediatamente, contatamos a Secretaria Regional da Prefeitura de Fortaleza e encaminhamos a denúncia para as devidas providências.Outro dia, um médico se dirigia a nós, bastante irritado, e protestava com relação a ação da Prefeitura de asfaltar um ruela em uma Vila no bairro Monte Castelo.

Juntamente com alguns companheiros, fomos ao local. Constatamos o absurdo da ação pública. Um pequeno trecho de asfalto já estava feito naquele bucólico espaço público. Com muito esforço, conseguimos com o órgão público competente da Prefeitura a suspensão da obra. Aliás, diga-se de passagem, é muito lamentável no seio da população desta Cidade a cultura da defesa das ruas asfaltadas. Hoje, praticamente, todo o sistema viário de Fortaleza está asfaltado, impermeabilizando o solo, causando grandes malefícios ambientais como, por exemplo, as grandes enchentes.

Domingo passado, retornávamos da praia, quando tocou o celular. No outro lado da linha, com uma voz trêmula, expressava revolta. Falava Dona Helena: “é o presidente do Partido Verde ? Eu queria denunciar o corte da minha goiabeira que eu cuidava com tanto carinho aqui no Condomínio...” Ouvimos atentamente o seu clamor e a sua revolta contra a direção do Condomínio. Prometemos, então, ir visitá-la e ver o que poderíamos fazer. Na quinta feira fui ao bairro Água Fria onde fica o Condomínio e conheci Dona Helena e o local de sua morada.

Fomos recebidos por ela e sua filha, a psicóloga Zulmira. Era realmente um espaço muito verdejante. Mãe e filha logo me levaram ao local do “ crime ecológico”. Testemunhei os sinais de existência da outrora goiabeira. Nada mais poderíamos fazer. Mas, como tudo que acontece na vida, se pode tirar partido para uma boa ação, fomos até à sede do Condomínio e conversamos com a síndica e sua auxiliar. No início, o diálogo parecia ser difícil. Discutimos sobre os critérios para o corte e a poda das árvores /arbustos.

Nossa participação naquele momento foi de mediar o conflito Propomos que, as decisões de intervenção na área externa do Condomínio, fossem definidas democraticamente, ouvindo os proprietários e inquilinos dos apartamentos. No final consolidou-se um clima de concórdia e paz. Dona Helena estava tranquila. A partir de agora, ela , como qualquer outro morador, não será mais surpreendida com o corte de suas plantas cuidadas com tanto carinho. Relevemos a aceitação da direção do Condomínio de ter um novo procedimento de gestão. Valeu a reação de Dona Helena, um exemplo de cidadania a ser seguido por todos nós.

2 de janeiro de 2012

UM SONHO CONCRETIZADO: A FESTA 2011/2012 NO RIO DE JANEIRO











UM SONHO CONCRETIZADO: A FESTA 2011/2012 NO RIO DE JANEIRO

A vida só tem sentido se continuamente sonharmos. Todos nós temos nossos sonhos. Alguns menos, mas outros sonham e buscam torná-los realidade. Há muito tempo um dos meus maiores desejos era compartilhar o clima festivo da cidade do Rio de Janeiro na passagem do ano. De repente, surfando nas ondas que conduzem a nossa vida, surgiu a oportunidade. Chegamos ao Rio, eu, Virgínia e Marcela uns quatro dias antes. Porque a festa na cidade maravilhosa não acontece somente na noite de um ano para o outro. Passado o Natal a temperatura festiva da cidade cresce exponencialmente. O Rio de Janeiro, em Copacabana, se distingue pela grande quantidade de “points” na cidade onde as pessoas antecipam a festança e se encontram para deliciarem “aquele chope” bem geladinho. E aí ajam papos e muita alegria! São pessoas de todos os matizes e recantos: cariocas, outros brasileiros, estrangeiros, heterossexuais, homossexuais, negros e brancos. Em um clima de muito respeito e paz todos curtem o ambiente. As esquinas da cidade se transbordam de felicidades. Na avenida Atlântica os preparativos para o ponto máximo da festa já é o espetáculo. Muita gente caminhando e outras trabalhando (para mim heroínas) montando a estrutura final para a realização da grande noite. Também aí predomina a diversidade das pessoas. Chegou o grande momento: uma multidão radiante, músicas em vários palcos, restaurantes e bares repletos, tudo em um clima de muita agitação. A chuva não foi nenhum empecilho. À meia-noite o momento de rara beleza. Um festival de luzes por toda a orla, abraços fervorosos e o desejo externado por todos de um 2012 de muita paz, saúde e conquistas. Em fim uma grande lição: vale a pena sonhar e, o mais importante, lutar pela concretização dos nossos sonhos. No meu caso me considerei plenamente realizado em ter – juntamente com minha família – concretizado um dos meus sonhos.