11 de junho de 2012

SERRA DE MARANGUAPE










SERRA DE MARANGUAPE

No ajustamento do universo brotastes enérgica, majestosa e mágica.
Tua vitalidade e fecundidade arquejavam forte.
Tua natureza se sustentava com a convivência harmoniosa de teus rios, tuas matas, tua flora e tua fauna.
E ainda produzes a sombra que ameniza, nos teus pés, a temperatura da urbe.
Tu abonavas água e ar puro. Teu viço era precioso. Tua fertilidade era sagrada. Teu som harmonioso emanava das águas, dos ventos e dos pássaros.
Com teu poder majestoso e enigmático atraístes o homem.
No início o índio Maranguab que, com sua tribo, te agregavam e respeitavam.
Depois o homem branco que, por se achar teu possuidor, te maltrata e oprime.
Substituiu tuas matas pela lavoura do café e da banana.
A seguir, chegaram os mais abastados da cidade grande que queriam saborear tuas águas, teu clima e tua paisagem.
Suas construções abusaram de teu corpo, reduzindo tua carne e teu sangue, e aniquilando teus entes.
De vez enquanto tu reages com o desastre, sinalizando o limite da exploração: os deslizamentos.
Mas também tu sinalizas o belo com o verde proveniente das chuvas e o amarelo dos teus ipês.
Como convidando os humanos mais conscienciosos para uma reação salvadora.
Oh, adorada serra, um dia quero vê-la de novo plena!