A FORTALEZA QUE POUCOS ENXERGAM OU, NÃO QUEREM ENXERGAR
Num domingo recente fui visitar um lugar da periferia de Fortaleza. Uma outra Fortaleza: diferente dos bairros de grandes edifícios, de ruas asfaltadas, de áreas livres bem mantidas e de carros do ano circulando. Eu vi, e fiquei atónito, muitas crianças circulando em passagens estreitas com esgotos correndo livremente. Crianças sedentes por um picolé. Eu vi e senti - não posso dizer casas - abrigos pequeninos, desconfortáveis e sem água e sanitários. Eu vi mulheres tagarelantes solicitando uma cerveja. Uma delas, me chamou mais atenção: tinha 16 anos e estava grávida do segundo filho com uma criancinha nos braços. Quando questionei da rapidez de dar ao mundo mais uma criança, ela me disse: “esta não é minha, a mãe dela está mental, estou fazendo uma caridade”. A criancinha chupava o dedo fixamente explicitando a fome. Uma outra mulher a tomou nos braços para levá-la para sua casa e afirmou: “doutor me compra um lata de leite porque eu vou dotar esta menininha”.
Eu vi jovens drogados implorarem por dinheiro. Eu vi um lote de terra, recentemente invadido, sendo dividido para construção de algumas casas (?). Meu Deus ! Fico pensando: a que triste realidade chegamos ? E, ainda, tem “donos da verdade e sábios”, querendo uma sociedade de paz. Com esta existência, que tipo de pessoas e cidadãos se consolidarão ? A paz será possível ? O mais lamentável é que esta realidade é a que predomina em Fortaleza.
Num domingo recente fui visitar um lugar da periferia de Fortaleza. Uma outra Fortaleza: diferente dos bairros de grandes edifícios, de ruas asfaltadas, de áreas livres bem mantidas e de carros do ano circulando. Eu vi, e fiquei atónito, muitas crianças circulando em passagens estreitas com esgotos correndo livremente. Crianças sedentes por um picolé. Eu vi e senti - não posso dizer casas - abrigos pequeninos, desconfortáveis e sem água e sanitários. Eu vi mulheres tagarelantes solicitando uma cerveja. Uma delas, me chamou mais atenção: tinha 16 anos e estava grávida do segundo filho com uma criancinha nos braços. Quando questionei da rapidez de dar ao mundo mais uma criança, ela me disse: “esta não é minha, a mãe dela está mental, estou fazendo uma caridade”. A criancinha chupava o dedo fixamente explicitando a fome. Uma outra mulher a tomou nos braços para levá-la para sua casa e afirmou: “doutor me compra um lata de leite porque eu vou dotar esta menininha”.
Eu vi jovens drogados implorarem por dinheiro. Eu vi um lote de terra, recentemente invadido, sendo dividido para construção de algumas casas (?). Meu Deus ! Fico pensando: a que triste realidade chegamos ? E, ainda, tem “donos da verdade e sábios”, querendo uma sociedade de paz. Com esta existência, que tipo de pessoas e cidadãos se consolidarão ? A paz será possível ? O mais lamentável é que esta realidade é a que predomina em Fortaleza.
Um comentário:
Excelente blog, Marcelo. Iniciei um blog sobre temas semelhantes, o Transparência Ceará (http://talesbenigno.blogspot.com/)
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