11 de janeiro de 2009

Maranguape, exemplo de requalificação do patrimônio cultural

Casa de Cultura Capistrano de Abreu
Museu da Cidade (antiga Cadeia Pública)

Conjunto arquitetônico da Rua Major Agostinho (Solar Bonifácio Câmara -
Biblioteca Pública)



CURSO DE TURISMO EXEMPLIFICA BOA AÇÃO DA GESTÃO MARCELO SILVA EM MARANGUAPE

A Universidade Aberta do Nordeste (Jornal O POVO), no “Curso da Cadeia Produtiva / TURISMO”, no módulo “O patrimônio arquitetônico, os sítios históricos e o turismo”,apresentou como caso real as nossas ações na área do turismo e da preservação do patrimônio histórico em Maranguape, quando éramos Prefeito.
A seguir, transcrevemos, por inteiro, o artigo da arquiteta Célia Perdigão que pertence aos quadros do IPHAN/ Ministério da Cultura.

Maranguape, exemplo de requalificação do patrimônio cultural

Na última década do século XX foi elaborado o Plano Municipal de Turismo de Maranguape numa parceria entre a Prefeitura local e a Secretaria de Turismo do Ceará. O plano propõe como âncoras para desenvolver o turismo a reciclagem de uso dos sítios e fazendas locais e trabalhos de preservação, reutilização e programação de roteiros junto aos prédios históricos urbanos e rurais. Menciona ainda que se associe ao turismo motivado pelos bens naturais o turismo cultural, cujo acervo representa os ciclos econômicos do município,
sintonizando a abordagem com as novas demandas do mercado. Nas administrações realizadas entre 1997 e 2004 são implementados vários trabalhos com o patrimônio cultural local.
Um deles foi a criação da lei do tombamento, que selecionou 60 imóveis, praças e pequenos conjuntos, de quatro épocas de desenvolvimento do município com seus dados tipológicos e cronológicos. Foram restauradas praças, com seus jardins e mobiliário urbano e também de prédios. Várias residências foram pintadas ou restauradas em convênio com a prefeitura, que depois alugou algumas delas. Com o exemplo da prefeitura, vários outros imóveis caracterizados são recuperados pelos seus proprietários ou ocupantes, como a Caixa Econômica Federal.
Destaca-se ainda a criação do Conselho de Cultura, da Câmara dos Conselhos, da Guarda Municipal, da Fundação de Turismo Esporte e Cultura (a primeira do interior do Ceará, em 1999) e a organização do Fórum da Agenda 21. Outras ações foram o incentivo à produção de bordados com a recuperação da antiga estação rodoviária para exposição e venda dos produtos; incentivo à produção da cerâmica do Elias; criação da escadaria da padroeira, fomentando o turismo religioso; capacitação de jovens para trabalhar em obras de restauro de imóveis; realização de vários cursos para jovens de
Educação Patrimonial e Ambiental. Entre os frutos que Maranguape colheu estão a melhor interação entre os setores da administração e da qualidade dos espaços urbanos e interiores; aumento do fluxo de pessoas, incluindo turistas; capacitação de jovens; melhoria do ensino público municipal e particular; mudança na atitude dos proprietários frente à preservação do patrimônio edificado; e o que é
mais importante, elevação da auto-estima da população. As ações promovidas pelo poder público possibilitaram o reconhecimento e a resignificação do seu patrimônio.

Célia Perdigão.

Um comentário:

mikaely disse...

muito bom marcelo silva vc é muito realista nas palavras que vc fala