25 de outubro de 2010

29a. BIENAL DE SÃO PAULO

Escultura de bronze

Obra de Gil Vicente

Obra de Gil Vicente

Móvel de escritório


29a. BIENAL DE SÃO PAULO



Estimulado pelo Curso de Belas Artes da Unifor visitei a 29ª Bienal de São Paulo. Pela primeira vez na sua história uma Bienal interage arte e política.
Neste ano a Bienal está ancorada na idéia de que é impossível separar arte e política. O título dado à exposição “ Há sempre um copo de mar para o homem navegar “ – verso do poeta Jorge de Lima – da obra “Invenção de Orfeu” sintetiza o que se busca com a Bienal.
O grande pavilhão do Parque Ibirapuera acolhe uma fantástica diversidade de pessoas. O público é o mais diversificado possível: crianças conduzidas por suas escolas, jovens, idosos, intelectuais e artistas. O espaço se transformou numa grande mostra de diversidade de trabalhos potencializados pela criatividade humana. Alguns de fácil capitação da mensagem artística, outros de entendimentos muitos subjetivos e, até, alguns de total incompreensão. Na minha modesta compreensão me chamou a atenção às pinturas do pernambucano Gil Vicente com uma mensagem radical contra algumas celebridades e a criação de um espaço de escritório na materialização de dois móveis.
Dos chamados “terreiros” considerei o de melhor mensagem o de autoria de dois arquitetos com a construção de um labirinto incentivando a prática da leitura.
A Bienal para mim se consolida como uma atividade cultural de profunda criatividade artística que possibilita, através do sentimento incorporado no visitante, a consciência de que a arte é o alimento da alma. A formação do mundo de hoje, tão impregnado de valores tecnológicos, está levando a humanidade a se comportar como seres sedentos do consumo material. Esquece-se, hoje, de que a felicidade, como alvo maior a ser alcançado pelo homem perpassa pelo sabor da arte. Inspirado nesta visita que fiz à Bienal, me veio à mente o propósito de replicar espaços culturais semelhantes a esses nos municípios brasileiros. Com certeza, seriam eventos que impulsionariam muito a cultura local.

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