24 de outubro de 2009

ESCOLA DE ARQUITETURA DA UFC NO MEU CAMINHO








ESCOLA DE ARQUITETURA DA UFC NO MEU CAMINHO

Percorremos muitos caminhos na vida. Os primeiros passos estão no âmbito da família: nossa casa, nosso terreiro, nossa rua, nossa escola, nossa igreja, nossa cidade...
Assim acontece com a maioria das pessoas. Existem aquelas que, movidas pelo desejo da conquista, aceleram as passadas - e logo – rompem fronteiras. Este foi meu caso: saí de Maranguape e fui estudar em Fortaleza. Inicialmente, no Colégio Agapito dos Santos, depois, na Escola Técnica Federal do Ceará. No entanto, o caminho que mais alargou o horizonte do meu ser foi o espaço da Escola de Arquitetura da UFC. Por isso, guardo sentimentos de lembranças e gratidão a essa Escola, situada na Av. da Universidade no bucólico bairro do Benfica. Ela se notabiliza pela riqueza de seu espaço arquitetônico com destaque para o pátio que abriga uma convivência harmoniosa entre alunos e professores. As mangueiras, até hoje, são testemunhas da entrelaçada aprendizagem daqueles que vivenciaram e vivenciam esta “casa”. Os jardins refletem o espírito "do cuidar" na formação de profissionais que tem como missão projetar ambientes físicos confortáveis para o desenvolvimento de qualquer ação humana.

11 de outubro de 2009

ENFIM, CONHECI ALCÂNTARA !




ENFIM, CONHECI ALCÂNTARA !

Uma das disciplinas mais importantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC é “História da Arquitetura”. No tempo em que cursei a faculdade esta disciplina era ministrada pelo magnífico professor Liberal de Castro. Para aprimorar o ensino da arquitetura antiga, ele levou - por duas vezes – seus alunos ao Maranhão. As cidades de São Luis e Alcântara foram o nosso laboratório. Nossa turma foi dividida: metade ficou em São Luis, e a outra, foi pra Alcântara. Fizemos estudos/desenhos de muitos prédios. Eu confesso: preferi ficar em São Luis. Tinha medo de enfrentar as ondas tumultuosas até Alcântara. Os colegas que vivenciaram esta cidade histórica deram depoimentos auspiciosos sobre este lugar místico.
Sempre ficou no meu coração o desejo de conhecer a cidade de Alcântara. Acabo de concretizar este sonho: conheci Alcântara.

CIDADE DE ALCÂNTARA: A TESTEMUNHA DE UMA VIDA

Dona Carmen (Ba) e dona Eunilde

Igreja de N. S. do Carmo

Altar da igreja de N. S. do Carmo


Eu, aos sons das histórias !


CIDADE DE ALCÂNTARA: A TESTEMUNHA DE UMA VIDA
Caminhando pela cidade encontrei-me com dona Carmen e dona Enilde. Estavam tranquilamente sentadas na calçada, costume ainda vigente em Alcântara. Dei bom-dia às duas que alegremente me retribuíram. Comecei a fazer perguntas sobre a vida do lugar. Dona Carmen: “meu filho, isto aqui é um paraíso, só saio daqui para ali, apontando o dedo para o final da rua, onde fica o cemitério”. Indaguei: a senhora nunca vai a São Luis ?
Ela respondeu: “eu não, tenho medo da viagem, do barco virar”. Lembrei-me de falar sobre a vida hoje: “Dona Carmen, qual o maior problema que o mundo tem hoje?”
De pronto ela respondeu: “Para mim é a falta de respeito dos filhos com os pais, eles não respeitam mais. Os pais não têm mais autoridade sobre os filhos. Aí vem essas drogas que estão dominando os jovens”. Depois, Dona Carmen, falou sobre a criação dos seus pais, sobre os estudos em São Luis que a formou como professora e sobre seu casamento com o maestro da bandinha da cidade.
Foi um depoimento coerente com a alma de Alcântara.

ALCÂNTARA: A CIDADE QUE AS CRIANÇAS USAM OS ESPAÇOS PÚBLICOS








ALCÂNTARA: A CIDADE QUE AS CRIANÇAS USAM OS ESPAÇOS PÚBLICOS

O pouco tempo que vivenciei Alcântara (8 horas), observando suas paisagens e o cotidiano da cidade, chamou-me atenção a presença das crianças nos espaços públicos. Lá, elas tem aulas nas praças e entre as ruínas. Não raro vi crianças tendo aulas, acompanhadas por suas professoras. Vi criancinhas brincando das mais diversas maneiras: jogando “a macaca”, correndo entre as ruínas e brincando de “pega-pega”. Não sei, exatamente, a razão desta realidade. Talvez a dificuldade para a ampliação nas escolas de áreas de lazer? Já que a legislação de proteção do patrimônio cultural é um empecilho? Talvez. Seja qual for o motivo entendo esta convivência das crianças com as áreas livres da cidade muito positiva. As crianças se sentem pertencentes à cidade. Consolida-se nos seus modelos mentais o sentimento do cuidar. Com certeza, surgirão cidadãos ativos. Um bom ganho para qualquer cidade. E um belo exemplo a ser copiado por outras cidades.

4 de outubro de 2009

"BRASIL NO CLIMA" NO RIO DE JANEIRO








“BRASIL NO CLIMA” NO RIO DE JANEIRO

Vinte de setembro de 2009 foi um domingo. Eu estava no Rio de Janeiro. Mais precisamente no Leblon. Uma manhã de muito sol. A cidade estava mais maravilhosa ainda. Participava da marcha “Brasil no Clima” patrocinada pelo Partido Verde do Rio. Uma campanha oportuna e justa de combate ao aquecimento global. Presenças ilustres como as de Marina Silva, Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis e Aspásia Camargo. Também, “verdes” de muitos recantos do Brasil. Eu representava o PV do Ceará. Estava lá junto com meu sobrinho ilustre Fernando César. Todos consolidavam a cidadania ativa. O trajeto: a avenida Delfim Moreira, na orla marítima, do Leblon até o Arpoador. Após o cumprimento da nobre missão, nada mais natural: saborearmos um chopp gelado no bar “Clipper”.
Um ambiente bem característico da alegria carioca. Lá encontramos o ex-jogador Roberto Dinamite, do Vasco da Gama, que expressava na sua camisa outra campanha do bem: “Doe órgãos”.
Com certeza, atrelamos o exercício da cidadania ao lazer: atividades compatíveis.