14 de janeiro de 2009

NATAL, UMA CIDADE FELIZ DECLARADA







NATAL, UMA CIDADE FELIZ DECLARADA...

Eu creio que pela quarta vez visitei Natal. No início de 2009 fui, em missão do Partido Verde, à posse da nossa Prefeita do PV, Micarla de Sousa.
Consolidou-se em mim a impressão que obtive desta cidade desde a primeira vez que a visitei. Natal é uma cidade abençoada por Deus em razão do seu belíssimo patrimônio natural. Sua gente, fiel ao reconhecimento à sua natureza, nos transmite sentimentos de acolhimento e alegria. A beleza natural de Natal é formada por um cenário de praias, lagoas, restingas, florestas e dunas. A ela se juntam uma cultura, uma história e uma contemporaneidade que fazem bem a seus moradores e aos seus visitantes. A rica gastronomia é consolidada por saborosos pratos nos confortáveis restaurantes da cidade.
O amplo patrimônio cultural com belas edificações históricas - o Forte dos Reis Magos é o melhor exemplo - é um grande atrativo que se junta às águas quentes das praias paradisíacas de Natal, a transformando em um grande atrativo turístico.
Um olhar urbanístico mais acurado nos leva à conclusão de que a orla marítima de Natal, ao contrário de muitas cidades marítimas do Nordeste, está sendo preservada com a ausência de grandes edifícios na sua beira-mar.
Deixa-me mais animador a expectativa de uma gestão muito mais cuidadosa do meio ambiente e da gente de Natal. Agora governada por uma Prefeita verde carismática e trabalhadora.
É esperar e veremos.

11 de janeiro de 2009

Maranguape, exemplo de requalificação do patrimônio cultural

Casa de Cultura Capistrano de Abreu
Museu da Cidade (antiga Cadeia Pública)

Conjunto arquitetônico da Rua Major Agostinho (Solar Bonifácio Câmara -
Biblioteca Pública)



CURSO DE TURISMO EXEMPLIFICA BOA AÇÃO DA GESTÃO MARCELO SILVA EM MARANGUAPE

A Universidade Aberta do Nordeste (Jornal O POVO), no “Curso da Cadeia Produtiva / TURISMO”, no módulo “O patrimônio arquitetônico, os sítios históricos e o turismo”,apresentou como caso real as nossas ações na área do turismo e da preservação do patrimônio histórico em Maranguape, quando éramos Prefeito.
A seguir, transcrevemos, por inteiro, o artigo da arquiteta Célia Perdigão que pertence aos quadros do IPHAN/ Ministério da Cultura.

Maranguape, exemplo de requalificação do patrimônio cultural

Na última década do século XX foi elaborado o Plano Municipal de Turismo de Maranguape numa parceria entre a Prefeitura local e a Secretaria de Turismo do Ceará. O plano propõe como âncoras para desenvolver o turismo a reciclagem de uso dos sítios e fazendas locais e trabalhos de preservação, reutilização e programação de roteiros junto aos prédios históricos urbanos e rurais. Menciona ainda que se associe ao turismo motivado pelos bens naturais o turismo cultural, cujo acervo representa os ciclos econômicos do município,
sintonizando a abordagem com as novas demandas do mercado. Nas administrações realizadas entre 1997 e 2004 são implementados vários trabalhos com o patrimônio cultural local.
Um deles foi a criação da lei do tombamento, que selecionou 60 imóveis, praças e pequenos conjuntos, de quatro épocas de desenvolvimento do município com seus dados tipológicos e cronológicos. Foram restauradas praças, com seus jardins e mobiliário urbano e também de prédios. Várias residências foram pintadas ou restauradas em convênio com a prefeitura, que depois alugou algumas delas. Com o exemplo da prefeitura, vários outros imóveis caracterizados são recuperados pelos seus proprietários ou ocupantes, como a Caixa Econômica Federal.
Destaca-se ainda a criação do Conselho de Cultura, da Câmara dos Conselhos, da Guarda Municipal, da Fundação de Turismo Esporte e Cultura (a primeira do interior do Ceará, em 1999) e a organização do Fórum da Agenda 21. Outras ações foram o incentivo à produção de bordados com a recuperação da antiga estação rodoviária para exposição e venda dos produtos; incentivo à produção da cerâmica do Elias; criação da escadaria da padroeira, fomentando o turismo religioso; capacitação de jovens para trabalhar em obras de restauro de imóveis; realização de vários cursos para jovens de
Educação Patrimonial e Ambiental. Entre os frutos que Maranguape colheu estão a melhor interação entre os setores da administração e da qualidade dos espaços urbanos e interiores; aumento do fluxo de pessoas, incluindo turistas; capacitação de jovens; melhoria do ensino público municipal e particular; mudança na atitude dos proprietários frente à preservação do patrimônio edificado; e o que é
mais importante, elevação da auto-estima da população. As ações promovidas pelo poder público possibilitaram o reconhecimento e a resignificação do seu patrimônio.

Célia Perdigão.

10 de janeiro de 2009

A FORTALEZA QUE POUCOS ENXERGAM




A FORTALEZA QUE POUCOS ENXERGAM OU, NÃO QUEREM ENXERGAR


Num domingo recente fui visitar um lugar da periferia de Fortaleza. Uma outra Fortaleza: diferente dos bairros de grandes edifícios, de ruas asfaltadas, de áreas livres bem mantidas e de carros do ano circulando. Eu vi, e fiquei atónito, muitas crianças circulando em passagens estreitas com esgotos correndo livremente. Crianças sedentes por um picolé. Eu vi e senti - não posso dizer casas - abrigos pequeninos, desconfortáveis e sem água e sanitários. Eu vi mulheres tagarelantes solicitando uma cerveja. Uma delas, me chamou mais atenção: tinha 16 anos e estava grávida do segundo filho com uma criancinha nos braços. Quando questionei da rapidez de dar ao mundo mais uma criança, ela me disse: “esta não é minha, a mãe dela está mental, estou fazendo uma caridade”. A criancinha chupava o dedo fixamente explicitando a fome. Uma outra mulher a tomou nos braços para levá-la para sua casa e afirmou: “doutor me compra um lata de leite porque eu vou dotar esta menininha”.
Eu vi jovens drogados implorarem por dinheiro. Eu vi um lote de terra, recentemente invadido, sendo dividido para construção de algumas casas (?). Meu Deus ! Fico pensando: a que triste realidade chegamos ? E, ainda, tem “donos da verdade e sábios”, querendo uma sociedade de paz. Com esta existência, que tipo de pessoas e cidadãos se consolidarão ? A paz será possível ? O mais lamentável é que esta realidade é a que predomina em Fortaleza.