24 de dezembro de 2009

MINHAS PRIMEIRAS PINTURAS

Foto da casa próximo aos Correios

Casa próxmo aos Correios

Casa da família Carvalho da Silva, na serra de Maranguape


Natureza morta

MINHAS PRIMEIRAS PINTURAS

Em 1994, em um daqueles insights que a gente tem na vida - de repente - resolvi adentrar nas artes plásticas. Minha professora ou orientadora era a artista plástica Marta Phebo. Conheci-a na Fundação Cultural de Fortaleza. Foi ela que me ensinou os primeiros passos da pintura em acrílico. Ficamos amigos, inclusive através dela, incorporei o budismo.

Pintei uns cinco quadros. Penso que minha atividade de arquiteto levou-me a dar preferência às pinturas de arquitetura. Inicialmente, pintei a casa da minha família, na serra de Maranguape.
Depois, pesquisando fotos da arquitetura antiga de Maranguape, pintei uma tela que nem cheguei - naquela época - a por na moldura: era uma casa simples, situada próximo aos Correios da cidade. Infelizmente, coerente com a falta de consciência cultural da maioria das pessoas, este patrimônio histórico foi demolido.

Há pouco tempo, removendo coisas do “meu baú” encontrei, até para minha surpresa, a referida tela timidamente envolvida no meio de vários papeis. Tive, então, um insight: colocar uma moldura na “telinha”. Semana passada fui buscar o quadro no atelier. Aí tive a feliz surpresa: uma oferta de compra da obra no valor de quinhentos reais. Claro que fiquei feliz e minha auto-estima subiu.
Mas não foi por essa razão que voltei às atividades artísticas.
Desde julho estou fazendo um curso de extensão - na Unifor- sob a orientação do jovem e competente professor Edu Oliveira.
No meu modelo mental o ser humano se completa muito mais, e é mais feliz, praticando alguma atividade artística/cultural.

Lamento e tenho pena das pessoas que não tem esta consciência.
Não tenho dúvidas: as artes plásticas, a música, a dança, a fotografia, o cinema, o teatro ou qualquer outra atividade artística, são o alimento da alma.

23 de dezembro de 2009

Um passeio no rio Capibaribe









UM PASSEIO PELO RIO CAPIBARIBE

A cidade de Recife se caracteriza pela presença de dois rios na sua malha urbana: o Capibaribe e o Beberibe. Eles tiveram muita influência no traçado urbano da cidade. Aliás, fala-se que o holandês Maurício de Nassau, liderança marcante na história recifense, foi o responsável pela implantação da primeira ponte sobre o rio Capibaribe.
Minha curiosidade de urbanista de enxergar a cidade de variados ângulos levou-me a fazer um passeio de catamaran (um tipo de embarcação) nas águas do rio Capibaribe. O barco partiu no final da tarde, sob um por do sol que valorizava ainda mais a paisagem.

Chamaram-me logo atenção, duas torres gêmeas de edifícios, situadas às margens do rio, quase penetrando nas suas águas. Imagino que suas construções devem ter originado uma discussão polêmica na cidade. Certamente, elas somente se concretizaram amparadas pela influência do poder econômico. Mais à frente, localizadas no molhe dos arrecifes, em frente ao marco zero da cidade, visualizei as belas esculturas de Francisco Brennand.

Na primeira passagem sob as pontes, o guia/narrador afirmou que existe uma tradição do passageiro fazer um pedido e bater palmas. Assim o fiz. Daí para frente a paisagem dominante é a arquitetura antiga do Recife: igrejas, prédios públicos, teatros e casarios. Com um olhar atento, fui registrando os cenários em muitas fotos.

Eu não poderia deixar de me interagir com companheiros de viagem, sempre fazendo comentários e indagações. Passamos ainda sob várias pontes, e claro, sempre acompanhando as palmas do coletivo.
O retorno da catamaran já se deu à noite.